A determinado momento numa geografia desconhecida e sem qualquer razão aparente, um homem interrompe o seu caminho parando em pleno oceano. Da comparação entre o seu corpo e a escala avassaladora do que o rodeia levanta a questão: será que devo continuar? Até onde vai a utopia de que os heróis resistem infinitamente ao próprio cansaço? Vamos então analisar em conjunto: poderão todas as coisas medir a sua importância pela sua escala de tamanho? Será que nos vemos como gigantes?

A Terra Amarela é uma estrutura artística fundada em abril de 2018, com direção de Marco Paiva, que promove a inclusão, acessibilidade e colaboração através de parcerias nacionais e internacionais, criando um ambiente artístico inclusivo. A estrutura estabelece um diálogo contínuo com entidades públicas e privadas, indivíduos e coletivos, promovendo uma sociedade consciente da sua diversidade e pluralidade.

Paulo Azevedo nasceu em Coimbra, a 29 de outubro de 1981, sem mãos e sem pernas. Iniciou-se no teatro em 1990, em Pombal, estudou jornalismo na Universidade de Coimbra, tirou o Curso de Treinador de Futebol de Nível II, estagiou no Real Madrid e frequentou o curso de Representação em Televisão e Cinema, sob a orientação do ator e argumentista Tozé Martinho, na Universidade Lusíada de Lisboa. Foi protagonista de reportagens televisivas premiadas, como ”O Melhor Jogador do Mundo”, da Sport TV, e ”Uma Vida Normal”, da SIC, que haveria de dar origem ao livro autobiográfico com o mesmo nome, em 2008 (4.ª edição). Tornou-se no primeiro ator com deficiência na ficção televisiva portuguesa a ser eleito ator revelação, quando participou na novela ”Podia Acabar o Mundo”, da SIC. É também palestrante e orador motivacional, tendo já falado para milhares de pessoas, em palcos como os coliseus de Lisboa e Porto, ou o Campo Pequeno, bem como no estrangeiro.