Um artista de Circo perde todo o seu trabalho depois de uma pandemia ter abalado o mundo tal como o conhecíamos. 

O Artista-Clown-Malabarista, no final do confinamento, faz-se à estrada com a sua mota de três rodas e procura reencontrar a sua rua, o seu espaçopúblico, o seu lugar de trabalho onde pode apresentar os seus espectáculos e reencontrar as pessoas. Reflecte sobre o direito à habitação, o nomadismo e a importância de ver o nosso planeta como casa para todos os seus habitantes. Numa linguagem poética e clownesca, apresenta estas ideias aos primeiros visitantes da sua casa, numa promessa de renovação, união, esperança e uma vontade de criar um futuro melhor. Em T0+1 são exploradas estas forças – Tensão Máxima Dinâmica – interpretando- as através do movimento, manipulação de objetos e criando uma relação entre o corpo humano e as funcionalidades desta micro unidade Dymaxion, sobre três rodas, com motor Forvel-Casal. 

Para além da função cénica que assume, a Camota é também uma instalação em si, que o público pode visitar antes ou depois do espectáculo, funcionando também como meio de divulgação e sensibilização do projeto. 

Desde que chegou a Portugal, em 1992, o percurso artístico de Thorsten Grütjen tem- se ramificado por várias linguagens – teatro físico, clown, malabarismo, técnicas de improviso e de manipulação de objetos. Colaborou durante uma década com a Casa Chapitô, integrando, paralelamente, outros projetos ligados às artes circenses e animações de rua. A paixão por viajar levou-o até outros países da Europa, participando em produções de cinema, festivais internacionais de teatro de rua e encontros de malabarismo, de onde arrecadou prémios com as suas personagens.